Se algum dia, em uma gincana ou algo do gênero, me dessem a tarefa de apontar alguém pessimista, eu procuraria o primeiro torcedor do Botafogo e o escolheria, sem dó. Falo isso com total sinceridade, já que me incluo nas duas características peculiares: Sou Botafoguense doente e pessimista. As vezes eu penso que sou o rei da baixa auto-estima. Mas ai eu penso que nem disso eu conseguiria ser rei.
Antes de continuar, vamos a minha definição de pessimismo: é aquele sentimento cauteloso, acanhado, de quem fica com um pé atrás para não se machucar. É sempre bom se preparar para uma decepção, apesar de raramente ser útil para diminuir o impacto dela. É um sentimento gentil, que muitas vezes cede seu lugar à euforia quando (finalmente) alguma coisa dá certo.
Eu identifico muitos torcedores do Botafogo nesse perfil. Esses estão sempre com aquela história de "ah, mas pode acontecer isso no jogo" ou "mas esse jogador hein, pode complicar a partida". Isso é uma característica peculiar. Nem ruim, nem boa. Claro que há os torcedores apocalípticos, que dizem que o time está trágico, que iremos perder tudo, que é o fim do Botafogo, etc. Mas, como dizem por aí, os bons são maioria.
Mas eis que de repente, não mais que de repente, quando temos uma partida contra o simpático Atlético MG, tudo muda. Somos o melhor time, vamos golear, podemos jogar com Alessandro que ainda vamos ganhar...Todas aquelas incertezas somem. Nos tornamos uma máquina de futebol. Eficiente,e, se de tudo der errado, prepotentes. Até agora não deu, já que 2 x 1 na casa deles foi um placar satisfatório. Claro, porque foi contra o Atlético MG, porque se fosse em outro time, alguns estariam cantando derrota.
Não sei se estou errado em cismar com isso, se é apenas mais um caso curioso do futebol brasileiro, ou se é uma invenção da imprensa, mas essa mudança de atitude é impressionante. Porque não podemos manter essa linha de raciocinio sempre? Claro que cair em uma ladainha soberba não é o caminho, assim como aquela maneira corneteira de ver a vida também não. Entre o 8 e o 80 existem 70 números. Podemos equilibrar nosso pensamento, e acreditar no time.
Não penso que nossa maneira de pensar sobre esses jogos contra o Atlético MG esteja errada. Só acho que se tivéssemos esse pensamento positivo nos outros 36 jogos do campeonato brasileiro e no restante da Sulamericana, poderemos chegar mais longe.
Ou não, quem sabe. Este que vos fala sempre tem dúvidas sobre tudo. Até porque, se soubesse de tudo que vai acontecer no futebol, começaria a acompanhar vôlei, basquete, etc.
post de @luklab
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
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1 comentários:
Contra o atletico mineiro o sentimento sempre será diferente.
Entramos confiantes de uma vitória, mas ao mesmo tempo tememos o fim da invencibilidade. E debochamos ainda mais porque sempre dá Botafogo.
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