Aham, senta lá Cláudia

            E aí, torcedor alvinegro, tudo bem? Você não conseguiu ver o jogo de ontem, contra o Bonsucesso, nem ouviu pela rádio, não acompanhou pelo twitter, nada disso? Então aqui vai um conselho: nem comece a ler a crônica do jogo de certo site esportivo.
            Eu vi o jogo. E não foi pela tv. Eu estava no Engenhão, na Oeste Superior, assento número 1 (sério, tá no meu ingresso). Eu vi o Botafogo oscilar muito, alternar um futebol fino com alguns lances bizarros, mas no geral fiquei feliz porque goleamos bem, 4 a 1, e ficamos no topo da tabela.
            Ou seja: eu vi o jogo, pessoalmente, então tenho uma boa base para escrever uma análise da partida, correto? E eu gostaria de fazer isso, gostaria de falar da evolução do Marcio Azevedo (quem é Cortês mesmo?), do golaço do Mago, ou das boas entradas de Cidinho e, principalmente, Herrera.
            Mas não. Eu vou ter que usar parágrafos e um pouco da minha paciência para desmentir o que alguns andaram dizendo do comportamento de nossa torcida ontem. Andaram espalhando por aí, esses supostos bons jornalistas, que a torcida vaiou o time todo, chamou o técnico de burro sem motivo, e pediu a cabeça de Felipe Menezes de forma injusta, já que ele fazia uma boa partida. Aham, senta lá Cláudia.
             Eu nunca tinha visto um jogador profissional fazer uma partida tão ruim. Felipe Menezes errou posicionamento, passes, marcação, arrancadas, chutes... Depois de 45 minutos de erros consecutivos, eu e mais cinco mil alvinegros (injustamente e repetidamente chamados de “público pequeno”, pela imprensa) perdemos a paciência, e como não temos sangue de barata, começamos a vaiar o jogador. Não ouvi vaias pro Jefferson, pro Elkeson, pro Loco Abreu, mais ninguém.
            Já a situação envolvendo o técnico Oswaldo foi um mal entendido: Maicosuel reclamou de dores e pediu para sair. Mas boa parte da torcida presente não viu, então quando o Cidinho foi chamado para entrar, todos imaginaram que o inoperante Felipe Menezes fosse sair. Mas aí a placa foi levantada, e apareceu o número 7, a torcida chamou o técnico de burro.
            O verdadeiro “Inacreditável Futebol Clube” é esse, o da imprensa esportiva. Mesmo sem razão, fizeram questão de criticar o comportamento da torcida, nos transformaram em vilões, e ainda querem ensinar a gente "bons modos".Se há torcedores corneteiros? Sim, com certeza. Mas querer colocar todos nós, alvinegros de paixão, como um bando de mimados que joga contra o time é brincadeira, para não dizer coisa pior.
            Infelizmente, não dá para acreditar em tudo o que se lê. Mas deixemos isso de lado, vamos pensar no nosso Glorioso e em ganhar esse campeonato.


@luklab