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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Eis a Magia


            Eu só peço que vocês tentem imaginar essa situação, e depois de imaginá-la, tentem entender o que ela representa.
             “Você é um funcionário de uma grande empresa, respeitada em seu ramo, com um histórico de dar inveja às outras, mas que não vive um bom momento. Por isso, ela vive sob intensa desconfiança dos investidores e até de seus próprios consumidores. Você foi contratado para mudar o rumo dessa companhia, que quer resultados imediatos. E a palavra imediatos, nesse ramo, significa uns 2 a 3 meses.
            Apesar da pressão, você se saiu bem no início. Fez boas amizades com os outros funcionários, se destacou em sua área, ajudou os seus chefes a ganharem alguma reputação, já que eles que te encontraram no mercado. Passos importantes foram dados, dias maravilhosos aconteceram, mas o tal grande resultado não foi alcançado. E, de forma brusca, você já está indo para outra empresa do mesmo ramo, mas no exterior. Ela ofereceu uma proposta mais vantajosa no aspecto econômico, o que não pode ser desperdiçado para alguém que ainda está engatinhando nesse mercado. E assim, você deu aquele ‘até logo’ com cara de ‘adeus’.
            Pouco mais de 1 ano depois, a vida deu outra oportunidade a você. Sim, porque você estava precisando e muito: seu trabalho não foi valorizado nesse lugar, os funcionários não te conheciam direito, você tinha problemas com o chefe... Nem o país era tão acolhedor assim, que friiiio! Quando tudo parecia sombrio, aquele lugar que você tanto gostou de trabalhar no passado te fez uma proposta, e seria uma que você não poderia recusar. Com alguns apertos econômicos e com muita força de vontade, você estaria naquele quadro de funcionários de outrora. Mas desta vez você estaria em um patamar mais alto, você seria o centro das atenções. Pode parecer fácil, mas será que você suportaria? Porque quanto maior a altura, maior a queda.
            Você suportou bem. Destacou-se de novo naquilo que fazia. Sofreu um pouco com a readaptação, mas já estava se acostumando aquele ritmo frenético de trabalho. Foi aí que a tal grande queda aconteceu. Quando você estava fazendo aquela tarefa rotineira, tão automática, algo deu errado. Foi detectado em seu corpo um problema de saúde gravíssimo, que às vezes acomete pessoas desse ramo. Bom, na verdade, o seu era um pouco mais grave ainda. Antes de você fazer a cirurgia, disseram que talvez você nem pudesse mais trabalhar. Uma vida inteira de sonhos sendo destruída em poucos segundos.
            Mas, graças a Deus, a cirurgia foi um sucesso. Você tinha caído, mas conseguiu se levantar. E começou a andar, lentamente. Foram 8 meses caminhando em direção ao dia em que você voltaria a fazer o que ama. 8 meses de dor, sofrimento, angústia e esperança. 8 meses que rolaram pelo seu rosto em forma de lágrimas no primeiro dia da volta por cima. Choro de alívio, de felicidade, de gratidão por essa empresa ter acreditado em você.
            Desde então, quase 1 ano se passou. Mas grande parte das pessoas que acreditam em você e na sua equipe não esqueceram de um minuto dessa longa recuperação. Por isso continuam gritando pra você, homenageando a sua volta. Mas há os que preferem acreditar que você nunca voltará a ser aquele funcionário brilhante que surgiu há tanto tempo...
            E talvez você não seja mais aquele. Talvez você mereça uns puxões de orelha de vez em quando. Talvez você ainda tenha muito a melhorar dentro da sua área. Mas o que são esses desafios para alguém que, como você, renasceu pra a profissão e para a vida?”

            Perdoem a minha prepotência em estabelecer uma moral para a história, mas tenho que fazê-lo. E ela é bem simples: quando for criticar alguém, o faça do jeito correto. Coloque-se primeiro no lugar da outra pessoa, sinta o que ela sentiu, viva o que ela viveu. Se você perceber que está destruindo a pessoa em vez de estar ajudando ela a melhorar, pode esquecer, suas palavras não tem a menor serventia.


@luklab
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