Quando analisamos as estatísticas do Brasileirão/2011, fica fácil perceber a enorme importância do Engenhão para o Botafogo. Pudera: o alvinegro é detentor da melhor campanha em casa entre todos os 20 times da Série A. Mas a grande verdade é que a posse do Estádio Olímpico João Havelange fez do Botafogo um clube melhor – e maior. É o que revela um levantamento exclusivo realizado pelo Blog Teoria dos Jogos, englobando todos os jogos do Botafogo no Engenhão em sua história.
Ao longo dos últimos quatro anos – cinco temporadas – o Botafogo de Futebol e Regatas já realizou 137 jogos no estádio. Ao contrário do que muitos dizem, a média histórica de público em seus domínios é respeitável: 12.455 pagantes. Estes proporcionaram uma renda média histórica de R$ 206.428,35. Mas é a análise ano-a-ano que demonstra o quanto o alvinegro – e suas cifras – vem evoluindo.
A primeira temporada do Botafogo com casa própria deve ser desconsiderada. Foram apenas seis jogos na temporada 2007, enviesados pela inauguração do estádio – um clássico com lotação máxima contra o Fluminense. Em 2008, o Bota fez 38 jogos, tendo média de 12.105 pagantes e R$ 137.593,00. O ticket médio foi de R$ 11,37, tendência que seria mantida um ano depois. Na temporada 2009, foram 29 jogos e um ticket de R$ 11,68 (Público pagante: 11.920, Renda R$ 139.171,21).
Inflacionado pelo arbitral do Estadual/2010 – que jogou para cima o valor dos ingressos, esvaziando arquibancadas – o Botafogo manteve os preços no restante da temporada. Só que a boa campanha fez a estratégia dar certo. E em 32 partidas no Engenhão, o público pagante subiu para 12.612, com receita média de R$ 268.232,95. Isto apesar do ticket médio bem mais alto, na casa dos R$ 21,27. Arriscaria dizer que a partir de então, o Engenhão se tornou uma ferramenta lucrativa.
E a tendência vem se mantendo na atual temporada. Tendo jogado as mesmas 32 partidas, o público pagante em 2011 apresentou ligeira queda: 11.625. Mas esta foi compensada por um novo aumento do ticket médio, que atingiu os R$ 23,79. Resultado: mesmo com pelo menos quatro jogos por fazer em casa, o clube da Estrela Solitária já bateu seu recorde de arrecadação bruta. Eis a evolução:
2007 – R$ 1.583.335,00
2008 – R$ 5.228.534,00
2009 – R$ 4.035.965,00
2010 – R$ 8.583.454,50
2011 – R$ 8.849.395,00
A evolução das receitas com o estádio são um mero reflexo do bom momento vivido pelo marketing do clube. Tendo o Engenhão como único estádio carioca, valores de placas publicitárias e camarotes foram renegociados para cima. O mesmo se aplica aos patrocínios da camisa, que em 2011 atingiram seu ápice histórico. Além de outros boas iniciativas de marketing envolvendo ídolos como Loco Abreu (principalmente) e Maicosuel.
Mente sã, corpo são. Não é à toa que de 2007 em diante, o Botafogo saiu da condição de eterno postulante ao rebaixamento para algum favoritismo na parte de cima. Falta ao clube continuar inflando suas receitas, além de alçar vôos mais altos. Se o título brasileiro ficou um pouco mais distante após as duas últimas derrotas – fora de casa, é claro – a classificação para a Libertadores é quase um dever. E uma possibilidade real, quinze anos após a última participação.
Um grande abraço e saudações!
Fonte: Blog Teoria dos Jogos - Globoesporte.com
terça-feira, 25 de outubro de 2011
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