Tenho certeza que não preciso contextualizar ninguém aqui sobre a polêmica nota, carta, texto, enfim, isso aí que foi emitido pela ANAF – Associação Nacional dos Árbitros de Futebol – em resposta ao Botafogo. Então, vamos partir para minha análise dos trechos mais polêmicos. Se quiserem destacar outros fragmentos dele para debatermos, sintam-se à vontade. É nosso dever nos envolvermos nesse episódio triste do futebol brasileiro, para assim podermos criticar e tomarmos providências para que nunca mais se repita.
Essa resposta “oficial” da ANAF (coloco entre aspas porque nunca tinha visto uma nota de uma entidade respeitada com linguagem tão coloquial e agressiva, fora os erros conceituais, de português, etc.) já começa com algumas pérolas: “Infelizmente as mesmas desculpas voltam à tona após um fracasso em campo. O Botafogo, eliminado do Campeonato Carioca e da Copa do Brasil, disfere (sic) sua raiva na Comissão de Arbitragem ao invés de procurar solucionar seus problemas”.Provavelmente a pessoa que escreveu isso não acompanha o noticiário esportivo. Portanto, não viu a entrevista coletiva que Mauricio Assumpção deu semana passada, justamente para falar sobre os problemas que o Botafogo tem enfrentado ultimamente. A Diretoria pode cometer equívocos, mas nunca tentou transferir seus problemas para ninguém.
Prosseguindo, encontramos um outro trecho no mínimo infeliz: “Quando o clube carioca cita um pênalti ‘inexistente’ e um escanteio ‘não marcado’ esquece de citar que o Avaí reclama de um pênalti minutos antes. Também não cita a incompetência de seus jogadores e treinador em derrotar a equipe de Florianópolis”.Em toda negativa, há uma afirmativa inclusa. Reparem que o autor exalta a incompetência do Botafogo, que supostamente não teve capacidade de derrotar o Avaí. Mas em nenhum momento diz que o Avaí foi competente o suficiente para vencer. Curioso, não? Na minha opinião, o Avaí foi desrespeitado nesse trecho.
Esse daqui também é muito curioso: “Perder faz parte do esporte e, por isso é preciso saber lidar com a derrota e com a vitória. Partir para briga e divulgar nota oficial esquecendo dos problemas internos é no mínimo incoerente”. Muito bonita a lição de moral. Realmente, redigir um texto e publicá-lo com o intuito de não pensar em alternativas pros seus equívocos não é legal. Mas, pensando bem, quem fez isso foi a própria ANAF, não o Botafogo. O clube está procurando soluções para que episódios como esses não se repitam. E a ANAF, será que está?
Chegamos, finalmente, ao trecho mais deprimente: “Por fim, caso o Botafogo acredite ser necessário modificar o comando da arbitragem nacional, por que não sugere nomes, formas e modelos de administração baseado no seu dia-a-dia ou prefere acusar e esquecer os milhões de dívidas, estádio ‘emprestado’, salários atrasados, inexistência de CT adequado, entre outros problemas divulgados pela mídia?” Vamos enumerar os equívocos, para facilitar. Um: Acusar o Botafogo de ter dívida milionária com o governo é chover no molhado. Todos os grandes clubes tem. Dois: Não vi nenhuma notícia sobre salários atrasados no Botafogo ser veiculada na imprensa. Se houve, mil perdões, mas ainda não vejo a relevância nesse contexto. Três: O autor realmente não acompanha o noticiário esportivo, pois não viu o projeto de CT que o Botafogo preparou e deve colocar em prática o mais breve possível. Quatro: Estádio emprestado? Estádio não é que nem uma borracha que você pede ao seu amigo quando está sem. Há processos econômicos, burocráticos, envolvidos na licitação de um patrimônio público. Eu não sei como funciona exatamente, para falar a verdade. Mas se eu fosse funcionário de uma entidade nacional, procuraria saber ao certo como é, antes de dar nomenclaturas erradas em textos oficiais.
Claro que eu não esqueci da parte ameaçadora do texto: “A ANAF chama a atenção de todos os árbitros e assistentes para estes clubes que, além de não acompanhar o trabalho da CBF, o sacrifício individual de cada um dos senhores, nada fazem pelo setor, a não ser emitir notas oficiais pueris, com o objetivo de desviar os seus próprios problemas! Vamos acompanhar e divulgar cada um que assim agir!”. Eu imploro: façam o que prometeram. Respondam a cada clube que questionou seus métodos, mas respondam dessa forma, com essas palavras. Vamos ver se assim os clubes se unem contra esse tipo de atitude e, conseqüentemente, ganham força na hora de travar essa batalha por um futebol mais justo.
Para fechar com chave de ouro, a ANAF assim conclui: “Ninguém aguenta este choro repetitivo!”. Nem vou comentar nada sobre isso. Não é um costume meu discutir provocações de torcedores nesse blog. Pois, para mim, é isso que parece: um torcedor de um clube rival tentando dar uma “zoada” no Botafogo.
Não vou espernear. Não vou ofender o autor desse texto infeliz. Não vou descer mais ainda o nível dessa história. Simplesmente vou retomar a idéia que lancei lá no título: isso tudo daria uma história engraçada para contar para os meus filhos, netos...Se não fosse tão triste perceber a que ponto o futebol brasileiro chegou.
Essa resposta “oficial” da ANAF (coloco entre aspas porque nunca tinha visto uma nota de uma entidade respeitada com linguagem tão coloquial e agressiva, fora os erros conceituais, de português, etc.) já começa com algumas pérolas: “Infelizmente as mesmas desculpas voltam à tona após um fracasso em campo. O Botafogo, eliminado do Campeonato Carioca e da Copa do Brasil, disfere (sic) sua raiva na Comissão de Arbitragem ao invés de procurar solucionar seus problemas”.Provavelmente a pessoa que escreveu isso não acompanha o noticiário esportivo. Portanto, não viu a entrevista coletiva que Mauricio Assumpção deu semana passada, justamente para falar sobre os problemas que o Botafogo tem enfrentado ultimamente. A Diretoria pode cometer equívocos, mas nunca tentou transferir seus problemas para ninguém.
Prosseguindo, encontramos um outro trecho no mínimo infeliz: “Quando o clube carioca cita um pênalti ‘inexistente’ e um escanteio ‘não marcado’ esquece de citar que o Avaí reclama de um pênalti minutos antes. Também não cita a incompetência de seus jogadores e treinador em derrotar a equipe de Florianópolis”.Em toda negativa, há uma afirmativa inclusa. Reparem que o autor exalta a incompetência do Botafogo, que supostamente não teve capacidade de derrotar o Avaí. Mas em nenhum momento diz que o Avaí foi competente o suficiente para vencer. Curioso, não? Na minha opinião, o Avaí foi desrespeitado nesse trecho.
Esse daqui também é muito curioso: “Perder faz parte do esporte e, por isso é preciso saber lidar com a derrota e com a vitória. Partir para briga e divulgar nota oficial esquecendo dos problemas internos é no mínimo incoerente”. Muito bonita a lição de moral. Realmente, redigir um texto e publicá-lo com o intuito de não pensar em alternativas pros seus equívocos não é legal. Mas, pensando bem, quem fez isso foi a própria ANAF, não o Botafogo. O clube está procurando soluções para que episódios como esses não se repitam. E a ANAF, será que está?
Chegamos, finalmente, ao trecho mais deprimente: “Por fim, caso o Botafogo acredite ser necessário modificar o comando da arbitragem nacional, por que não sugere nomes, formas e modelos de administração baseado no seu dia-a-dia ou prefere acusar e esquecer os milhões de dívidas, estádio ‘emprestado’, salários atrasados, inexistência de CT adequado, entre outros problemas divulgados pela mídia?” Vamos enumerar os equívocos, para facilitar. Um: Acusar o Botafogo de ter dívida milionária com o governo é chover no molhado. Todos os grandes clubes tem. Dois: Não vi nenhuma notícia sobre salários atrasados no Botafogo ser veiculada na imprensa. Se houve, mil perdões, mas ainda não vejo a relevância nesse contexto. Três: O autor realmente não acompanha o noticiário esportivo, pois não viu o projeto de CT que o Botafogo preparou e deve colocar em prática o mais breve possível. Quatro: Estádio emprestado? Estádio não é que nem uma borracha que você pede ao seu amigo quando está sem. Há processos econômicos, burocráticos, envolvidos na licitação de um patrimônio público. Eu não sei como funciona exatamente, para falar a verdade. Mas se eu fosse funcionário de uma entidade nacional, procuraria saber ao certo como é, antes de dar nomenclaturas erradas em textos oficiais.
Claro que eu não esqueci da parte ameaçadora do texto: “A ANAF chama a atenção de todos os árbitros e assistentes para estes clubes que, além de não acompanhar o trabalho da CBF, o sacrifício individual de cada um dos senhores, nada fazem pelo setor, a não ser emitir notas oficiais pueris, com o objetivo de desviar os seus próprios problemas! Vamos acompanhar e divulgar cada um que assim agir!”. Eu imploro: façam o que prometeram. Respondam a cada clube que questionou seus métodos, mas respondam dessa forma, com essas palavras. Vamos ver se assim os clubes se unem contra esse tipo de atitude e, conseqüentemente, ganham força na hora de travar essa batalha por um futebol mais justo.
Para fechar com chave de ouro, a ANAF assim conclui: “Ninguém aguenta este choro repetitivo!”. Nem vou comentar nada sobre isso. Não é um costume meu discutir provocações de torcedores nesse blog. Pois, para mim, é isso que parece: um torcedor de um clube rival tentando dar uma “zoada” no Botafogo.
Não vou espernear. Não vou ofender o autor desse texto infeliz. Não vou descer mais ainda o nível dessa história. Simplesmente vou retomar a idéia que lancei lá no título: isso tudo daria uma história engraçada para contar para os meus filhos, netos...Se não fosse tão triste perceber a que ponto o futebol brasileiro chegou.
texto de @luklab
1 comentários:
A torcida alvinegra protestava contra os problemas do clube muito antes da partida contra o Avaí.
Ninguém aqui é cego para não enxergar as debilidades do Botafogo 2011.
A eliminação do carioca foi incontestável, e a da Copa-BR também poderia ser, pois a vantagem era do time da casa, graças aos dois gols feitos no Engenhão.
Se os roubos contra o Botafogo fossem incomuns, a insatisfação teria se esfriado em pouco tempo. Mas como isso acontece em quase toda competição, fica praticamente impossível não se pronunciar. Seja uma bandeirinha sem noção ou um árbitro que torce pelo time rival e não sabe ser imparcial, ser prejudicado já virou realidade. Se o Botafogo tem tantos defeitos assim, por que não deixam que percamos pelas nossas próprias falhas?
Nem vou comentar a parte estádio, dívida, salário, até porque o autor do texto foi muito feliz em suas colocações. Está mais do que explícito que a nota é tendenciosa.
E ainda que a imprensa, a ANAF e quem mais quiser se levantem contra o Botafogo, fracassarão.
Aquilo que o Botafogo construiu no futebol mundial, aquilo que ele representa NUNCA poderá ser apagado.
Ademais, lembro a todos que a torcida do Glorioso é uma fortaleza e jamais se renderá. Ela não recuou quando o time ficou sem títulos, quando perdeu sua sede, quando foi rebaixado.
E espero que a diretoria do clube não seja covarde no episódio, tampouco na busca por fazer a equipe honrar a camisa que vestiu tantos jogadores brilhantes.
E ninguém cala esse nosso amor...
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